Século XXI. Maravilhas tecnológicas para todos os gostos - do e-mail ao Wii - desdobram-se em um infindável número de opções para seus usuários. Como na forma de percepção e socialização do mundo. E-mails, câmeras, TVs, computadores, notebooks, videogames etc; dedique alguns poucos minutos a refletir como seria sua vida sem essas opções.
Impossível! Tenho certeza que essa foi sua primeira resposta, mas sinto-lhe dizer que você foi equivocado e apressadinho. Por favor, não me leve a mal. Só estou sendo sincero. Afinal, repare só: como era a vida no início do século passado? Difícil de imaginar, por motivos óbvios. Mas cheguemos a um consenso: era uma vida normal, ora bolas. Normal como a sua, a minha e a das próximas gerações. A grande diferença era as possibilidades que se tinha para registrar e perceber o mundo, a sociedade, o universo.
Quando a TV não era um aparelho dos mais populares, todos se atinham a rádios para ficar informados, e a simples fotografias como imagens de um acontecimento importante. E quando essas coisas nem existiam!? Cartas, e só afortunadas pessoas como viajantes e representantes de organizações e governos podiam se dar ao luxo de ver o que ninguém viu, e ficava a seus critério relatar para as outras pessoas, boquiabertas que seriam ao ler seus escritos e imaginar lugares longínquos e acontecimentos especiais. Tal qual ficamos hoje à frente da TV ou da tela do computador, que é para onde corremos quando nos interessamos por algo que ouvimos ou lemos.
Preste atenção: quando lemos, corremos para ver TV. Imagem em movimento. Não nos contentamos, como em décadas passadas, em apenas ler. O que antes servia, agora não serve mais. E como se não bastasse, também podemos registrar o que quisermos, basta ter uma câmera em mãos. Câmera essa que escolhemos criteriosamente no ato da compra, pois a qualidade da imagem não pode ser ruim. Qualidade essa que será "ruim" daqui a dois ou três anos, porque já existirá algo melhor. Ué, mas como pode ser ruim, se há pouco tempo atrás servia?
Isso é só para citar um exemplo de que, conforme nosso mundo se transforma abruptamente, a gama de aparatos tecnológicos não fica para trás. Aliás, me arrisco a dizer que são as inovações tecnológicas quem ditam o ritmo do mundo. E quanto mais sofisticadas, mais insatisfeitos e exigentes somos, e nada desfruta mais da glória quando nas suas origens. Engenheiros e designers precisam se superar cada vez para agradar a nós consumidores, exigentes e reclamões.
A questão é: a tecnologia, maravilhosa tecnologia, não dá mais conta de si própria. Na verdade, até dá. Mas de grande coisa, agora é uma coisinha simplezinha. De rainha para serva. Acho engraçada essa mudança de posição das "maravilhas da moderna tecnologia"
Que bom para a gente, né!
terça-feira, 11 de maio de 2010
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